Pensamento Crítico: Ferramentas para Ampliar a Criatividade e Inovação nos Negócios

Pensamento Crítico Ferramentas para Ampliar a Criatividade e Inovação nos Negócios

A solução de problemas é um processo que obtém melhores resultados quando embasado em uma abordagem mais lógica e menos emocional.

Este é o terceiro artigo da Série, que teve início com os artigos sobre SCAMPER e 6 THINKING HATS.

Pensamento Crítico

Solução de Problemas Complexos

Pensamento Crítico é “a capacidade de resolver problemas de maneira eficaz, reunindo sistematicamente informações, gerando novas ideias que envolvem uma variedade de perspectivas, avaliando as informações com uso da lógica e garantindo que todos os envolvidos possam entender”.

A lógica deve ser obtida combinando-se informações, experiências, observações e a imaginação, gerando alternativas que agreguem valor.

No relatório “Future of Jobs” do Fórum Econômico Mundial, de 2016, os diretores de RH e Estratégia, de várias das principais empresas globais, declararam que o Pensamento Crítico é a segunda habilidade mais importante que seus colaboradores deverão ter e, nesse aspecto, para as lideranças é um requisito fundamental.

Isso porque as empresas têm que lidar, cada vez mais, com cenários de negócios turbulentos e rápidas mudanças, precisando navegar, entender e vencer, no menor tempo possível, problemas complexos. Conseguir responder a esses cenários, de forma ágil e eficiente, dará a elas significativas vantagens competitivas.

Alguns resultados obtidos com essa técnica:

  • Analisar a estrutura lógica por trás das situações, propostas e estratégias de negócio;
  • Avaliar de forma clara a comunicação cotidiana, com o objetivo de tomar decisões melhores e embasadas em informações claras e precisas;
  • Testar as premissas e hipóteses dos modelos de negócios;
  • Entender os mecanismos do raciocínio ruim (falácias), aprendendo como responder e como evitar enganos durante as diferentes formas de comunicação;
  • Evitar os preconceitos cognitivos que todos temos, independente do momento, seja como consumidores, gestores ou empreendedores;
  • Conceituar, aplicar, analisar, sintetizar e avaliar informações de forma hábil e ativa;
  • Entender e trabalhar com diferentes formatos de informação, sejam elas coletadas ou geradas por observação, experiência, reflexão, raciocínio ou comunicação.

Por todos esses aspectos, o Pensamento Crítico vem se tornando fundamental em todas as áreas de negócios das empresas, mas, notadamente, naquelas que atuam com estratégia, negócios, desenvolvimento de produtos e serviços, gestão empresarial, liderança, inovação, marketing e gestão comercial e vendas .

6 Etapas do Pensamento Crítico

O processo de Pensamento Crítico evita que nossas mentes cheguem diretamente a conclusões.

Ao invés disso, guia o raciocínio através de etapas lógicas que tendem a ampliar o leque de perspectivas, aceitando descobertas, deixando de lado preconceitos pessoais e considerando possibilidades razoáveis.

Isso pode ser alcançado através de seis etapas: Conhecimento, Compreensão, Aplicação, Análise, Síntese e Ação.

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1º Passo: Conhecimento

Organize as Informações Disponíveis

Para cada problema, uma visão clara nos colocará no caminho certo para resolvê-lo.

Sobre as informações: temos que selecionar e avaliar a qualidade das informações que temos à disposição, identificar o que de fato é relevante, o que são meras versões, “poluição de informações” ou uma simples opinião. Como sugestão, se os dados estiverem on-line, pode ser usado o Evernote para auxiliar nessa tarefa.

Esta etapa busca identificar o argumento ou o problema de fato que precisa ser resolvido e tem como objetivo obter um entendimento profundo sobre o mesmo. A proposta é identificar se é um problema de fato e, caso se chegue à conclusão de que não é, o processo de Pensamento Crítico se encerra nesta etapa. É importante atentar para a possibilidade de estarmos lidando com um efeito ou consequência do verdadeiro problema.

As perguntas nesta fase devem ser abertas para permitir a oportunidade de discutir e explorar os principais motivos. Nesta fase, duas questões principais precisam ser abordadas:

  • Qual é o problema?
  • Por que precisamos resolvê-lo?

Cabe sempre reforçar que o Pensamento Crítico se norteia por fatos. Muitas pessoas dão opiniões, mas raramente fornecem razões que as apoiem ou suportem. Um teste para um argumento sólido é o quão consistente é a evidência que sustenta as alegações. Esteja sempre atento a esses aspectos.

2º Passo: Compreensão

Aprofunde o Entendimento

Uma vez identificado o problema, o próximo passo é entender a situação e os fatos relacionados a ela. Essa etapa é fundamental para que efetivamente as pessoas envolvidas tenham segurança e estejam alinhadas.

Com os dados reunidos sobre o problema, é preciso montar um “painel de raciocínio”, que deve ser utilizado para progressivamente estruturar a compreensão de todos os elementos necessários.

É importante sempre manter em perspectiva que as abordagens podem (e devem) variar conforme o perfil de problema apresentado. Partir do pressuposto que padrões que já funcionaram antes irão funcionar sempre, não é uma abordagem razoável.

Esta etapa do Pensamento Crítico passa, obrigatoriamente, pelos seguintes aspectos:

  • Compreensão clara do problema por todos os envolvidos;
  • Uma meta inicial para solução (objetivo inicial);
  • As questões às quais a equipe precisará responder durante o desenvolvimento da solução;
  • O que foi feito para responder às questões elaboradas no processo;
  • Responder a todas as questões.

Caso seja necessário:

  • Efetuar novas questões, novos passos, novas respostas;
  • Apresentar todas as atividades paralelas desenvolvidas durante a execução do entendimento;
  • Mostrar a relevância das perguntas formuladas, ferramentas utilizadas e atividades realizadas para o alcance dos objetivos principais de solução;
  • Determinar as referências aos documentos que contêm o detalhamento dos dados e do uso de ferramentas necessárias ao desenvolvimento da solução.

A coleta de dados pode utilizar qualquer método de pesquisa disponível, sempre dependendo do problema, do tipo de dados, grau de acessibilidade e do prazo necessário para resolvê-lo.

Podem ser usados vários métodos para tornar essa etapa mais lúdica, como listar as informações em post-its coloridos, hierarquizando os dados para que se obtenha melhores perspectivas, correlações e categorizações, tais como cor verde para motivos, vermelho para objeções, laranja para refutações e outras. Pode-se incluir, também, palavras indicadoras ou de conexão, de forma a melhor caracterizar os relacionamentos entre as causas e o raciocínio efetuado.

3º Passo: Aplicação

Correlacione Problemas e Recursos

Esta etapa dá sequência à anterior e tem como objetivo concluir o entendimento dos diferentes fatos e recursos necessários para resolver o problema, criando um vínculo e correlação entre ambos, numa sistemática de causa e efeito.

Como ferramenta de elaboração e construção da aplicação, podem ser utilizados Mapas Mentais para colocar de forma gráfica a análise da situação, criar relação entre ela, o problema principal, e, por fim, determinar a melhor maneira de avançar.

Existem vários modelos de Mapas Mentais disponíveis na internet, sendo que alguns dos mais utilizados são: Mind Meister e Mind Node. A utilização desse método fará parte da nossa série de artigos, tratando exclusivamente sobre suas aplicações e usos.

4º Passo: Analisar

Analise a Situação

Depois que as informações forem coletadas e os vínculos estabelecidos entre os principais problemas, a situação como um todo deve ser analisada, para que se possa identificar pontos fortes, pontos fracos, facilidades e desafios a serem enfrentados na solução do problema.

Uma das ferramentas mais comuns para avaliar tanto o problema, quanto as circunstâncias em torno dele, é o Diagrama de Ishikawa (causa e efeito), que possibilita categorizar as causas de acordo com sua importância e impacto.

Para melhorar o entendimento e análise, podemos fazer uso ainda de:

  • Perguntas reflexivas e abrangentes;
  • Análise complementar de dados;
  • Pesquisas;
  • Interpretação;
  • Julgamento;
  • Questionamento das evidências obtidas até o momento;
  • Reconhecimento de padrões;
  • Ceticismo.

5º Passo: Síntese

Como Resolver o Problema?

Nesse estágio, uma vez que o problema já foi totalmente analisado e todas as informações relacionadas foram consideradas, deve-se tomar uma decisão sobre como resolvê-lo, bem como, que caminhos devem ser seguidos para que a decisão correta seja posta em ação.

Caso haja mais de uma solução, elas deverão ser avaliadas e priorizadas para que se determine aquela que é mais vantajosa. Uma das ferramentas que contribuem para essa escolha é a análise SWOT, que relaciona as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de cada uma das soluções.

6º Passo: Ação

Coloque em Prática

O resultado do Pensamento Crítico deve ser transferido para a etapa de ação. Se a decisão envolver um projeto ou equipe específica, um plano de ação precisará ser obrigatoriamente implementado.

É importante determinar, previamente, uma sistemática de avaliação para validar as etapas, ações e o andamento geral da solução proposta.

O tempo para adotar o Pensamento Crítico varia de acordo com o problema, podendo levar de alguns minutos até vários dias, dependendo da complexidade e do grau de familiaridade com o método.

A vantagem de implantar o Pensamento Crítico é que ele contribui para ampliar nossas perspectivas sobre situações, aumentando as possibilidades de raciocínio, de solução de problemas, do pensamento criativo e a melhoria da comunicação.

No entanto, essas etapas devem ser traduzidas em planos de ação, garantindo que as soluções determinadas sejam não só colocadas em prática, mas também alcançadas, integrando e abrangendo todas as pessoas e áreas envolvidas.

Uso do Pensamento Crítico nos Negócios

Esse método pode ser adotado para substituir emoções e preconceitos de leitura ao tentar pensar em uma situação ou um problema.

A lista de usos para o Pensamento Crítico nas organizações é praticamente infinita. Abaixo, listamos alguns exemplos:

  • Análise e determinação de riscos;
  • Concepção e implementação de iniciativas, projetos e estratégias;
  • Alocação de recursos;
  • Antecipação e prevenção a erros e falhas;
  • Análise de Mercados;
  • Implementação, utilização e gestão de sistemas de informação;
  • Avaliação de oportunidades de mercado;
  • Análise da concorrência;
  • Avaliação dos resultados e efeitos das iniciativas;
  • Identificação e análise de problemas urgentes;
  • Identificação de mudanças de cenários;
  • Desenvolvimento de protocolos de segurança de dados;
  • Análise da evolução de metas e planos de longo prazo;
  • Comunicação eficaz com os membros da equipe;
  • Avaliação do processo de atendimento aos clientes;
  • Antecipação das implicações em relação às ações tomadas;
  • Contratação e promoção de líderes;
  • Análise e resolução de problemas de recursos humanos;
  • Explicação e detalhamento de políticas e procedimentos;
  • Projeção e avaliação de relatórios estratégicos e executivos.

Concentre-se nos Objetivos, não nos Obstáculos e Problemas

Como instrução final, é importante que as equipes e seus componentes tenham foco nas soluções e resultados desejados, tratando os obstáculos como uma mera etapa para alcançá-los.

Como resultado desse foco, se desenvolvem as habilidades para tomada de decisão, embasadas e estruturadas em um processo claro e consistente.

E muito importante: a alta direção, empresários e empreendedores não podem partir de premissas sobre a capacidade de Pensamento Crítico das suas lideranças e colaboradores, portanto, a construção de uma força que domine essa habilidade em toda a empresa é um investimento que traz vantagens e lucros.

Um abraço e até o próximo artigo!

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