Eficiência é a ação de trabalhar de forma mais inteligente possível de acordo com a realidade e momento do seu negócio, otimizando os recursos disponíveis.
Empresas e processos ineficientes, muito provavelmente irão perder representatividade e vantagens competitivas, além de não conseguirem aproveitar novas oportunidades de geração de receitas – pois tendem tanto a afetar a rentabilidade do negócio, quanto dificultar a capacidade de entender e atender seus clientes de forma adequada.
Uma compreensão profunda a respeito da eficiência do seu negócio, com objetivo de entender e adotar medidas proativas para eliminar as ineficiências existentes, deve ser uma ação contínua, pois a dinâmica de negócios é cada vez mais veloz. Neste artigo, exploramos os principais pontos de entendimento sobre a eficiência na gestão, propondo ações que poderão apoiar sua empresa a melhorar e otimizá-la de forma geral.
Nesse artigo você irá ver:
- Principais aspectos da eficiência empresarial
- Os pilares de uma gestão eficiente e eficaz
- Como estabelecendo a eficiência na gestão
- Dicas para acelerar e tornar mais efetiva a gestão eficiente do seu negócio
1. O que é uma Gestão Eficiente?
A gestão eficiente de uma empresa, busca especificar a eficácia com que ela gera seus produtos e serviços “versus” a quantidade de tempo e recursos necessários para produzi-los.
Empresas mais eficazes, conseguem otimizar e fazer melhor uso e gestão eficiente de recursos (tais como MDO, insumos, equipamentos e capital entre outros), ampliando sua lucratividade com uma melhor transformação em produtos e serviços que gerem lucro o negócio.
Na perspectiva oposta, as empresas mais ineficientes, com problemas de estrutura, processos, gestão e organização, tendem a perder tempo e dinheiro, além de sofrer maiores impactos em sua rentabilidade.
Uma empresa que utiliza medidas comuns de eficiência — e tira partido de técnicas para melhorar a eficiência — pode reduzir o desperdício em toda a sua organização, o que muitas vezes leva a mais altos lucros, uma equipe mais feliz e produtiva e clientes mais satisfeitos.
2. Os Pilares da Gestão Eficiente e Eficaz
Uma gestão eficiente via de regra, baseia-se em um conjunto de pilares mínimos, que irão alicerçar a empresa.
Gestão Financeira
Atua no controle e monitoramento de receitas, despesas, lucros e fluxo de caixa, com objetivo de garantir a sustentabilidade financeira do negócio e o uso eficiente dos recursos. Sua aplicação se dá principalmente em:
- Implementar sistemas e processos de orçamento e previsão financeira;
- Monitorar indicadores como EBITDA, margem de lucro e ROI;
- Evitar alavancagem excessiva e planejar investimentos com prudência.
Planejamento Estratégico
É o processo de definição de objetivos de longo prazo da empresa, assim como, as estratégias para alcançá-los. Sua importância é fundamental, pois direciona o foco estratégico e os esforços da empresa, alinha recursos e ajuda a antecipar desafios. Sua implementação se dá principalmente nas seguintes ações:
- Definir visão, missão e valores;
- Análise interna e externa da empresa;
- Análise da concorrência;
- Efetuar uma análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças);
- Estabelecer metas SMART (específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais).
Gestão de Processos e Operações
Desenvolvimento, estruturação e melhoria contínua de processos internos para eficiência operacional, com objetivos de redução de custos, aumento da qualidade e melhoria dos tempos de entrega. Em linhas gerais inclui:
- Mapear e documentar processos críticos;
- Utilizar metodologias como Lean, Six Sigma e BPM (Business Process Management);
- Investir em tecnologia para automação e integração de sistemas.
Liderança e Gestão de Pessoas
Desenvolvimento de líderes capazes de inspirar equipes e uma gestão eficaz na atração e retenção de talentos. Equipes engajadas e bem lideradas tendem a ser mais produtivas e inovadoras. As principais abordagens são:
- Promover treinamentos e capacitações contínuas;
- Implementar avaliações de desempenho e planos de carreira;
- Incentivar uma cultura organizacional baseada em colaboração e feedback.
Gestão de Riscos e Compliance
Identificação, avaliação e mitigação de riscos, além de garantir conformidade legal e regulatória. O objetivo é proteger a empresa contra multas, perdas financeiras e danos reputacionais. Algumas das ações podem ser:
- Implementar uma matriz de riscos;
- Monitorar mudanças regulatórias e adaptar políticas internas;
- Criar uma cultura de compliance entre os colaboradores.
Monitoramento e Avaliação de Desempenho
Deve-se medir continuamente os resultados das ações e ajustar as estratégias conforme necessário – isso garante que sua empresa esteja no caminho certo para atingir suas metas. Algumas das ações de monitoramento são:
- Estabelecer KPIs claros para todas as áreas;
- Realizar reuniões regulares de análise de desempenho;
- Utilizar ferramentas como um Business Intelligence (BI).
3. Como Estruturar uma Gestão Eficaz e Eficiente
As ações para estruturação e acompanhamento de uma gestão eficiente, podem viria de acordo com o grau de maturidade organizacional da empresa, momento de mercado ou do perfil da equipe gestora, aqui iremos elencar um modelo que pode ser adotado em diferentes negócios.
O objetivo é estabelecer um método abrangente, que cubra desde a análise inicial até o acompanhamento dos resultados, permitindo uma implementação estruturada e orientada a resultados.
3.1 Análise da Situação da Empresa
Efetuar um diagnóstico de forma ter clara compreensão do cenário atual, avaliando os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças do negócio – principais ações:
Coleta de Dados
- Reunir relatórios financeiros, operacionais, custos, vendas e margens;
- Identificar indicadores de desempenho existentes;
- Mapear os processos, atentando para os aspectos das etapas operacionais e administrativa, objetivando identificar redundâncias e gargalos;
- Investigar concorrentes, tendências setoriais e a posição da empresa no mercado, a fim de obter uma análise do mercado;
- Efetuar um levantamento de recursos, incluindo avaliação do capital humano, infraestrutura, tecnologia, capacidade produtiva e saúde financeira;
- Analisar como os valores organizacionais, comportamentos e práticas impactam os resultados, com fins de estabelecer um diagnóstico cultural.
Análise e Diagnósticos
- Usar ferramentas como análise SWOT, benchmarking e 5 forças de Porter.
- Entrevistas com gestores, “process owners”, colaboradores, clientes e grupos focais com stakeholders, procurando obter a percepção e avaliações.
3.2. Identificação dos Problemas e Potencialidades
É preciso ir além da superfície e buscar as causas-raiz dos problemas e também, as áreas com maior potencial de desenvolvimento.
Classificação dos Problemas
- Categorizar desafios em operacionais, estratégicos, financeiros e de mercado;
- Priorizar os problemas mais críticos com base em impacto e urgência.
Mapear Potencialidades
- Identificar recursos subutilizados, talentos e vantagens competitivas;
- Explorar tendências do mercado que possam beneficiar a empresa.
Aplicação de Ferramentas de Diagnóstico
- Diagrama de Ishikawa (causa e efeito) para identificar causas-raiz;
- Matriz de Impacto para priorizar problemas críticos.
Análise de Dados Históricos
- Identificar padrões de desempenho e recorrência de problemas.
Identificação de Vantagens Competitivas
- Análise de competências principais (core competencies);
- Revisão de feedbacks de clientes para identificar diferenciais percebidos.
3.3. Definição dos Objetivos do Negócio
Os objetivos precisam ser transformados em norteadores estratégicos e desdobrados em metas claras para todos os níveis da organização.
Cascateamento dos Objetivos
- Desdobrar objetivos estratégicos em metas operacionais para departamentos e equipes.
Revisão de Propósito
- Validar ou redefinir visão, missão e valores, alinhando-os às metas.
Definição de Indicadores Avançados
- Incluir indicadores de resultado (lagging) e de desempenho (leading) para maior previsibilidade.
Ferramentas úteis
- Balanced Scorecard (BSC).
- OKRs (Objectives and Key Results).
3.4. Estruturação de um Plano de Desenvolvimento
O plano deve detalhar não apenas o que será feito, mas também como, quando e por quem, garantindo clareza e previsibilidade.
Detalhamento das Iniciativas e Ações
- Identificar as ações necessárias para resolver os problemas e aproveitar as oportunidades.
- Definir entregáveis, responsáveis, recursos necessários e prazos específicos.
Análise de Viabilidade
- Estimar custos, esforços e riscos associados a cada ação.
Criação de Roadmaps
- Visualizar a sequência de ações e etapas do plano.
Planejamento de Comunicação
- Garantir que todos os envolvidos entendam o plano e suas responsabilidades.
Ferramentas úteis
- Matriz GUT (Gravidade, Urgência, Tendência);
- Diagramas de Gantt para gestão do cronograma.
3.5. Estruturação das Equipes
Focar na construção de equipes equilibradas, com competências adequadas e papéis bem definidos.
Avaliar a Estrutura Atual e Analisar as Competências
- Realizar um mapeamento detalhado das habilidades atuais versus as necessárias.
- Identificar lacunas de competências e sobrecargas de trabalho.
Desenho de Estruturas Organizacionais
- Alinhar a estrutura ao plano estratégico, podendo criar novos departamentos ou redesenhar funções;
- Atribuir tarefas específicas a cada colaborador ou equipe;
- Oferecer treinamentos e ferramentas necessárias para a execução do plano.
Promoção de Lideranças
- Identificar e capacitar líderes que possam inspirar e engajar equipes.
Ferramentas úteis
- Matriz de Responsabilidades (RACI);
- Avaliação 360 graus.
3.6. Estabelecimento de Etapas e Prazos
Quebrar o plano em etapas bem definidas, com fases (milestones) claros e cronogramas realistas.
Definição de Fases / Milestones
- Agrupar ações em etapas lógicas, como curto, médio e longo prazo;
- Estabelecer pontos de verificação intermediários para avaliar o progresso;
- Usar cronogramas para garantir que as atividades sejam concluídas no tempo adequado.
Alocação de Recursos
- Garantir que as etapas tenham os recursos necessários (financeiros, humanos e tecnológicos);
- Nomear responsáveis por monitorar o andamento de cada fase.
Gestão de Interdependências
- Identificar atividades que dependem de outras para evitar atrasos.
Ferramentas úteis
- Estrutura Analítica de Projetos (EAP).
- Metodologias ágeis (Scrum ou Kanban).
3.7. Acompanhamento e Avaliação dos Resultados
O acompanhamento precisa ser constante, com análises criteriosas que orientem ajustes proativos.
Monitoramento Contínuo
- Criar dashboards para acompanhar KPIs em tempo real.
Auditorias Regulares
- Revisar a execução do plano com relatórios detalhados.
Feedbacks Frequentes
- Estabelecer reuniões semanais, quinzenais ou mensais para discutir progressos e desafios;
- Revisar o progresso das equipes e resolver obstáculos identificados.
Correções de Rumo
- Implementar ajustes imediatos em ações ou prioridades com base em desvios identificados.
- Atualizar prioridades com base em resultados e mudanças de cenário;
- Divulgar os avanços para todas as partes interessadas, promovendo engajamento.
Ferramentas úteis
- Softwares de BI (Power BI, Tableau entre outros).
- Indicadores de desempenho com metas trimestrais e anuais.
3.8. Ciclo de Melhoria Contínua
Incorporar aprendizados em abordagens iterativas, que ajustem constantemente a gestão e o plano.
Revisão Pós-Implementação
- Avaliar o que deu certo e o que pode ser melhorado em projetos específicos.
Aprendizado Organizacional
- Criar uma base de conhecimento interno com práticas bem-sucedidas;
- Documentar lições aprendidas e boas práticas.
Avaliação Periódica de Estratégias
- Reavaliar objetivos e indicadores à luz de novas condições de mercado.
Ferramentas úteis
- Matriz de Lições Aprendidas.
- PDCA (Plan-Do-Check-Act).
4. Dicas para Acelerar e Tornar mais Efetiva a Gestão Eficiente da sua Empresa
A eficiência é tanto um processo, quanto um objetivo que pode ser atingido através de disciplina, planejamento e estratégias bem executadas.
Ao mergulhar no núcleo do seu negócio, adotando a melhoria contínua como princípio básico, e investindo em ferramentas tecnológicas, sua empresa negócio pode melhorar significativamente, agilizando operações, processos, eficiência e o principal: resultados.
A fusão dessas ações, permite construir uma estrutura robusta, e que sejam adaptáveis e resilientes frente ao cenário competitivo de negócios atual.
Simplifique as Operações
Esse deve ser um mantra para as empresas: encontrar formas de simplificar os processos de negócios.
Quanto maior a complexidade de processos, sistemas e estratégias, mais complexa será a gestão, aquisição e treinamento de colaboradores – obviamente, existem áreas e processos mais complexos em qualquer negócio, mas eles devem ser a exceção e não a regra.
Implemente Ações para Descobrir Cedo as Novas Tendências de Mercado e Clientes
Quanto mais cedo sua empresa detectar mudanças no cenário competitivo, mais rápido conseguirá se adaptar e ganhar vantagens em relação aos seus concorrentes.
Nesse sentido, a inteligência de mercado e o marketing tem papel fundamental no monitoramento e percepção das movimentações nos seus segmentos de atuação.
Desenvolva e Aperfeiçoe a Cultura do seu Negócio
A cultura da empresa, deve ser uma grande força motriz incentivando a evolução do negócio, a motivação e envolvimento dos colaboradores, desenvolvimento de inovação e da eficiência empresarial como um todo.
Invista e Utilize a Tecnologia a Favor do seu Negócio
A tecnologia, sistemas e ferramentas devem ser bem utilizadas – até porque cada vez mais, a quantidade de dados e informações vem crescendo exponencialmente. Avalie se os sistemas a serem adotados são convergentes e complementares, avaliando inclusive se eles são integráveis – já vimos muitos casos que as empresas investiram em ferramentas que mais dificultavam no que facilitavam as ações e processos de negócios.
Incentive a Comunicação Aberta Criar e incentivar um ambiente onde a comunicação em todos os níveis seja clara, aberta, acolhedora e assertiva, permite que os times e colaboradores interajam de forma positiva, permitindo que problemas, ineficiências e falhas nos fluxos de trabalho, sejam rapidamente comunicadas — e dessa forma, corrigidas de forma mais rápidas.
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